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Meu primo, Paulo Kerr Salem, motociclista da gema, conta a historia da primeira viagem da sua primeira moto: Na primeira semana de março de 1974, semana da inauguração da Ponte Rio-Niterói meus primos Eduardo e Marcio que moravam em São Paulo ligaram dizendo que no dia seguinte iriam com as namoradas pro Rio de Janeiro de moto pra participar da inauguração e estavam me convidando para fazer parte do grupo. Na época eu morava em Campinas e nem tinha motocicleta. Minha experiência na arte consistia em algumas voltas nas motos de amigos pelas ruas da minha cidade.
A insistência dos primos foi tanta e a vontade de ter uma moto maior ainda que no dia seguinte pela manhã, dia da viagem, comprei uma Suzuki GT 380 e marcamos o encontro na Via Dutra, no entroncamento de Jacareí às 9 horas da noite. O Eduardo montado na sua Honda “7 Galo” e o Marcio na Yamaha RD 350, a famosa “Viúva Negra” estariam lá com suas namoradas pra continuarmos a viagem.
Ao chegar a Via Dutra e ver a velocidade que os caminhões passavam deu vontade de voltar pra casa! Os primos, muito mais experientes, me encorajaram pra continuar a viagem.
Nem tinha tido tempo de experimentar a moto e muito menos de saber sobre os possíveis problemas que poderiam acontecer e já nos primeiros quilômetros começaram aparecer. A cada 100 km a gasolina da Suzuki acabava.
Muito estranho, as outras motos tinham muito mais autonomia.
Mesmo assim continuamos e com as paradas frequentes onde perdíamos 1 hora pra fumar uns cigarrinhos e satisfazer as vontades das namoradas e da minha esposa passamos a noite toda na estrada.
Quando descemos a Serra das Araras o dia já começava a clarear e o sono bateu forte.
As meninas já dormiam “tranquilamente” nas garupas até que a velocidade do grupo começou a diminuir muito e eu que estava na frente não percebi o motivo. O Marcio que vinha fechando o grupo notou que o Eduardo diminuiu muito a velocidade e emparelhou pra ver o que estava acontecendo. A dupla da “7 Galo” tirava um cochilo escandaloso em plena Via Dutra e o piloto só acordou com os cutucões que o Marcio deu no seu ombro. Haja Anjo da Guarda!
Depois do susto deram uma parada no acostamento para se recuperar e eu parei mais a frente. Os motoristas passavam sinalizando que os dois estavam descansando lá atrás fumando um cigarrinho.
Finalmente chegamos ao Rio e fomos logo atravessar a Ponte e procurar uma oficina de motos para tentar resolver o problema de consumo da minha. Passamos o dia na oficina em Niterói e voltamos ao Rio para dar uma refrescada e um cochilo.
Como eles ainda estavam cansados, resolvi sair para visitar uma tia que morava em Botafogo há uns dois quilômetros de onde estávamos e notei que o pneu traseiro estava furado.
Parei num posto de gasolina que fica no aterro, tirei a roda traseira, deixei todas as peças debaixo da moto e de táxi fui procurar um borracheiro. Quando voltei os frentistas tinham lavado o piso do posto e as peças que deviam estar debaixo da moto sumiram. Com muito custo encontrei uma a uma, montei a roda e voltamos para o hotel sem visitar a tia !!!
Na manhã seguinte pegamos a Dutra de volta para casa, e a Suzuki continuou bebendo mais do que devia.
Chegando em Campinas, com calma e mais descansados, constatamos que a causa da gastança era o diafragma furado de um dos três carburadores da minha nova paixão. Mesmo após o reparo ela sempre foi um pouco exagerada no quesito consumo de combustível.
Esta foi a primeira viagem da minha primeira moto que serviu de lição para muitas outras que se sucederam!!!.
Como médico, Dr Décio não sabe dizer se o motociclismo é uma doença hereditária ou se pegou o vírus ao andar no tanque da moto do pai, uma Triumph 500, aos 7 anos de idade, quando ele e mais três amigos, em 1949 se preparavam pra ir até a Argentina. Foi um dos fundadores da pioneira equipe de enduro “Alice no pais das trilhas”. É um motociclista de mão cheia, daqueles que, ainda hoje em dia, encara o transito de SP em sua BMW GS1250 diariamente, é também um aventureiro de primeira linha, cruzou a transamazônica em algumas ocasiões, em 1983, 1988, foi ao México, USA, Alasca, praticamente toda América do Sul…em cima de uma motocicleta. Liderou alguns passeios de eventura pela Off Rush com as KTM e ha alguns anos organiza os passeios do Caltabiano Moto Club com as BMW
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Décio, gastona de combustível, mas nada econômica no que diz respeito ao prazer de pilotagem…. Parabéns ! Esse post me fez lembrar de uma vez que dormi…pilotando a R1 nas retas próximo a Arraias, TO….mas aí é outra história, qualquer hora conto. Abraço Diego
Décio, gastona de combustível, mas nada econômica no que diz respeito ao prazer de pilotagem…. Parabéns ! Esse post me fez lembrar de uma vez que dormi…pilotando a R1 nas retas próximo a Arraias, TO….mas aí é outra história, qualquer hora conto. Abraço Diego
Diego
A diferença de cochilada entre a 7 Galo do meu irmão e a R1 sua sem dúvida foi a velocidade do episódio. A única coisa parecida das historias foi, sem dúvida, os Anjos da Guarda.
Abs.
Decio.
Diego
A diferença de cochilada entre a 7 Galo do meu irmão e a R1 sua sem dúvida foi a velocidade do episódio. A única coisa parecida das historias foi, sem dúvida, os Anjos da Guarda.
Abs.
Decio.
Diego
A diferença de cochilada entre a 7 Galo do meu irmão e a R1 sua sem dúvida foi a velocidade do episódio. A única coisa parecida das historias foi, sem dúvida, os Anjos da Guarda.
Abs.
Decio.