AVENTURA: A “DIFÍCIL” VENDA DA KLR NO ALASKA

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Quando fomos convidados por um casal de amigos para conhecer o Alaska de moto e contaram o seu plano soubemos que a viagem de moto seria só de ida. A viagem teria que caber numas férias de 30 dias.
Meu amigo iria comprar uma Triumph zero quilômetros em Los Angeles numa operação casada para venda em Anchorage, no Alaska. Eu iria com a Kawazaki KLR 650, adquirida em Chicago por US$ 1.400. Eu e a Rose sairíamos de Chicago e eles de Los Angeles e nos encontraríamos em Seattle. Muito a contragosto seria necessário deixar a moto no Alaska.


Pra ter um veículo registrado no seu nome por lá é necessário possuir uma carta de habilitação americana que eu não tinha. Tive que levar uma procuração do meu primo junto com os documentos. Mesmo que quisesse doar a moto pra algum esquimó a tal procuração seria imprescindível.

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Museu de Historia Natural em Fairbanks

Como o mundo fica pequeno encima de uma moto.
Rodadas cerca de 5.500 milhas nesta derradeira viagem da magrela e depois de 21 dias de estrada  sem nenhum problema mecânico chegamos em  Anchorage, onde a Tigger seria vendida. Durante toda a viagem eu lembrava que em algum momento seria necessário desfazer da KLR. Não estava realmente preocupado, na pior das hipóteses doaria a moto pra alguém. Depois de rodar 17.000 milhas com a Kawazaki pela América do Norte US$ 1.400 era pouco pelos momentos prazerosos que ela nos proporcionou sem contar o privilégio de conhecer lugares incríveis.

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O endereço em Anchorage onde a Triumph seria vendida, pra minha surpresa, era de uma revenda Kawazaki. Ainda dentro do capacete falei: Opa, é aqui que vou vender a KLR!
Depois do meu amigo ter recebido o cheque pela venda da Tigger perguntei ao dono da revenda se ele não compraria a minha também. Falou que sim e sem olhar a moto tirou um livrinho do bolso e depois de consultá-lo perguntou se US$ 1.100 estava bom. Na hora, e sem pestanejar, coloquei a chave na sua mão, dei os documentos e a procuração e fui ao escritório pegar o cheque. Ele pediu, gentilmente, que esperássemos mais ou menos uma hora pra passarmos no banco e descontar os cheques.
E viva a burocracia americana!

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