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São raras as vezes, são moscas brancas, mas de tempos em tempos aparecem alguns malucos vendendo motos antigas que simplesmente não foram usadas, ou estão na caixa de fábrica ou rodaram menos de 1 centena de kilometros e ficaram paradas esse tempo todo. Muitos deles pedem por essas motos valores bem acima do valor de mercado, as vezes o dobro ou o triplo do que se pede por motos similares em excepcional estado de conservação.. Mas, afinal de contas, são motos únicas e seus proprietários tem todo direito de pedir o que querem por elas, certamente alguém pagará!
Moto Honda modelo ST70 ano 1974 (site www.reginaldodecampinas.com.br) anunciada por R$ 34.990,00. Talvez seja a única ST70 zero km na caixa do mundo !!!
Mistura complicada essa de paixão e finanças. Mas não podemos ignorar a importância do dinheiro e despreza-lo seria no mínimo ignorância.
Pensando nisso, resolvi postar um comparativo do valor da moto zero km na década de 80 e a atualização monetária por diversas formas, e vamos fazer algumas análises em cima disso.
Como referência vamos falar da XL125S 1987. O valor de tabela em 1987 (julho) era de Cz$ 75.474,00.
Valor em 1987 ==> Cz$ 75.474,00
Corrigido pelo dólar ==> R$ 4.076,00
Corrigido pelo IGP-DI (FGV) ==> R$ 17.004,00
Corrigido pelo IPCA (IBGE) ==> R$ 12.831,00
Se tivesse aplicado em CDI ==> R$ 241.353,00
Se tivesse aplicado em Poupança ==> R$ 22.110,34
Bem, não precisa ser nenhum gênio em finanças pra notar que, como investimento não está entre os 10 melhores. Se o dinheiro tivesse sido aplicado em CDI por exemplo, haveria muito mais disponível do que a XL125S mais rara, impecável, e valiosa do mundo! Já por outro lado, se a aplicação tivesse sido em dólar americano, teria sido um mal negócio, uma XL125S em bom estado hoje vale mais do que os R$ 4.000,00 da correção pela cotação do dólar oficial. Como adivinhar qual das aplicações vai dar retorno num prazo tão longo ? Nem mesmo os maiores gênios da economia sabem dizer isso, apenas especulam. Olhando para o passado é fácil escolher, mas para o futuro a situação não é fácil assim…
Se colocarmos na conta os custos de manutenção, impostos (seguro obrigatório e ipva) a moto torna-se o pior dos investimentos. Por isso, ao ver um desses anúncios, antes de exclamar: – olha o que esse maluco pede pela moto dele!!! Imagine que, se for colocado na ponta do lápis, ele está as vezes “pagando” pra que você leve a moto embora, ou seja, custou mais pra ele manter aquela moto até aquele dia, do que você vai pagar por ela.
Por outro lado, existe um momento mágico para se comprar uma moto antiga, não acredito que seja o caso de nenhum dos leitores deste blog, somos apaixonados e queremos curtir nossos veículos antigos, ninguém aqui deve estar pensando em fazer fortuna comprando motos antigas… Mas há uma situação na qual a valorização da moto de fato começa a acontecer: Tenha em mente, caro leitor, que todo veículo quando é novo, zero km ou lançamento, quando está a venda nas concessionárias, esta no seu maior valor possível. Logo depois que é comprado e emplacado começa a desvalorizar. Segue desvalorizando, até que com cerca de 15 a 20 anos esta num dos valores mais baixos possíveis, um veículo de 15 a 20 anos de idade bem conservado é um grande problema, pois não desperta interesse de colecionadores ( é novo demais ) e não desperta interesse de compradores normais ( é antigo demais ), ou seja, não vale muito $$. Além do mais, com raras exceções, veículos de 15 a 20 anos não tem o charme dos antigos, usá-los no dia a dia não demonstra bom gosto e as vezes uma certa decadência … Pronto, na minha opinião este é o momento mágico para se adquiri-los. Estão com o valor muito baixo,ainda encontra-se peças com certa abundância e preço baixo, em caso de precisar repor alguma coisa, e, a partir deste momento, ele começa a envelhecer, se tornar raro, e valorizar novamente.
Me lembro com clareza quando comprei a XLX350R preta cuja matéria esta neste blog. A moto tinha cerca de 15 anos de uso, apesar da baixíssima km, se encontrava na situação acima citada (nova demais pra coleção e velha demais pro mercado), paguei por ela o equivalente a US$ 1200.00 – hoje esse valor facilmente quadruplicou em dólares.
Mas,amigo motociclista, como dizia, é uma comparação estúpida até, pois paixão e finanças não combinam…. e a satisfação onde fica ? A satisfação de ter e manter por mais de 30 anos um veículo, de ter algo muito exclusivo e raro, de baixa liquidez é verdade, mas quem fala em vender ?
Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.
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Olá. Muito bom este blog sobre nossas queridas motos clássicas. Tenho uma CB900F Bol d'Or 1981 em estado de Zero.
Fotos em http://www.flickr.com/photos/dhegas/sets
Veja também meu blog com foco nos anos 70 e 80: http://www.museumusical.com
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Uma clássica, zero, parada por tanto tempo, acho que vale a pena sim.
Lembro daquela Yamaha RD 500 LC V4, encontrada zero numa loja na Austrália. Se eu tivesse grana, sim, compraria.
O custo para se manter, para colocar em funcionamento, as vezes vale.
Uma clássica, zero, parada por tanto tempo, acho que vale a pena sim.
Lembro daquela Yamaha RD 500 LC V4, encontrada zero numa loja na Austrália. Se eu tivesse grana, sim, compraria.
O custo para se manter, para colocar em funcionamento, as vezes vale.
Uma clássica, zero, parada por tanto tempo, acho que vale a pena sim.
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Uma clássica, zero, parada por tanto tempo, acho que vale a pena sim.
Lembro daquela Yamaha RD 500 LC V4, encontrada zero numa loja na Austrália. Se eu tivesse grana, sim, compraria.
O custo para se manter, para colocar em funcionamento, as vezes vale.
Uma clássica, zero, parada por tanto tempo, acho que vale a pena sim.
Lembro daquela Yamaha RD 500 LC V4, encontrada zero numa loja na Austrália. Se eu tivesse grana, sim, compraria.
O custo para se manter, para colocar em funcionamento, as vezes vale.
Conheço consagrados restauradores que deixam veículos mais exuberantes do que zero quilometro. Acho que é o carinho, a dedicação. Se já é mosca branca um veículo que nunca foi emplacado, garanto aos leitores que há colecionadores que possuem raridades escondidas que fariam qualquer mortal estremecer.
Conheço consagrados restauradores que deixam veículos mais exuberantes do que zero quilometro. Acho que é o carinho, a dedicação. Se já é mosca branca um veículo que nunca foi emplacado, garanto aos leitores que há colecionadores que possuem raridades escondidas que fariam qualquer mortal estremecer.
Conheço consagrados restauradores que deixam veículos mais exuberantes do que zero quilometro. Acho que é o carinho, a dedicação. Se já é mosca branca um veículo que nunca foi emplacado, garanto aos leitores que há colecionadores que possuem raridades escondidas que fariam qualquer mortal estremecer.
Conheço consagrados restauradores que deixam veículos mais exuberantes do que zero quilometro. Acho que é o carinho, a dedicação. Se já é mosca branca um veículo que nunca foi emplacado, garanto aos leitores que há colecionadores que possuem raridades escondidas que fariam qualquer mortal estremecer.
Sr. Tabajara, tá em todas! Eu quase comprei uma no japão em 1997, acabei desistindo por ser "manca" 65hps senão me engano.Estava com 8300 km rodados, muito zera e linda.E outra, fuçar é fácil! mel gibson de jog…
Sr. Tabajara, tá em todas! Eu quase comprei uma no japão em 1997, acabei desistindo por ser "manca" 65hps senão me engano.Estava com 8300 km rodados, muito zera e linda.E outra, fuçar é fácil! mel gibson de jog…
Sr. Tabajara, tá em todas! Eu quase comprei uma no japão em 1997, acabei desistindo por ser "manca" 65hps senão me engano.Estava com 8300 km rodados, muito zera e linda.E outra, fuçar é fácil! mel gibson de jog…
Sr. Tabajara, tá em todas! Eu quase comprei uma no japão em 1997, acabei desistindo por ser "manca" 65hps senão me engano.Estava com 8300 km rodados, muito zera e linda.E outra, fuçar é fácil! mel gibson de jog…
Tenho uma RD 350 LC ano 1987 com 32 mil km raridade.
Muito boa a matéria parabéns.
Tenho uma RD 350 LC ano 1987 com 32 mil km raridade.
Muito boa a matéria parabéns.