HONDA NX350 SAHARA
Começo dos anos 90 e a Honda lançou a nova, a NX350 Sahara:
NX350 Sahara que se encontra no Museu da Honda na cidade de Indaiatuba-SP |
Uma nova moto, sem duvida, porém, a exemplo do que havia acontecido no lançamento da CBR450SR, a “novidade” tinha um gostinho de “já-te-vi”, e logo percebemos, ela tinha uma mecânica bem conhecida, da XLX350R. Coincidentemente os dois lançamentos foram em resposta a duas motos “puro-sangue” da Yamaha (a RD350R e a XT600Z TÉNÉRÉ) – o que inflamou ainda mais a discussão entre Yamahistas e Hondeiros daqueles tempos.
Enquanto os Hondeiros aclamavam a qualidade e acabamento da nova Sahara, os Yamahistas percebiam que as carenagens eram “infladas” pra tentar transmitir uma imagem de porte maior do que efetivamente a moto tinha, tentando – em vão – concorrer com a Yamaha XT600Z Ténéré. Enquanto a Yamaha trazia um grande tanque de combustivel, adequado a grandes viagens, a NX trazia o mesmo tanque da XLX, de apenas 14 litros, que dava uma autonomia “normal” a moto, cerca de 200km sem usar a reserva!
Eles percebiam também que, se removidas as carenagens laterais e de farol, a moto era basicamente uma XLX350R (banco, tanque, painel, quadro, rodas, suspensões, rabeta, motor, quadro, freios etc eram idênticos!), mas os entusiastas da Honda estavam estasiados com a possibilidade de ligar a moto apenas apertando um botão na mão direita – coisa que, por sinal, a Yamaha já oferecia na XT600Z Ténéré – até mesmo a escolha do nome, Sahara, demonstrava a clara intenção da Honda em compara-la diretamente com a rival, Ténéré – os dois nomes são de desertos africanos, ambos por onde o Rally “Paris-Dakar” passava naqueles tempos, nomes que transmitem a imagem de um forte espirito aventureiro.
As duas foram comparadas pelas revistas especializadas, comparação tosca, pois a diferença de desempenho, cilindrada, proposta era abismal (hoje em dia alguém vê comparação de Yamaha XT660 com Honda XRE300?) mas entende-se devido a já comentada anteriormente ausência total de novidades e concorrentes no mercado daquela época
.
Mas, chega de falar de Honda e Yamaha, de NX e XT. Vamos apresentar e entender a NX350 Sahara.
Sem duvida bonita, muito bonita, ainda mais nas cores da primeira versão, conhecida como “Capitão América” (alguns modelos de moto recebem apelidos para cada uma de suas versões de pintura, a Sahara, a CBX750F são alguns exemplos), a moto era muito encorpada
.
Falar da Sahara e não falar da XLX 350R é impossível, a moto é basicamente a mesma, muitas peças inclusive são intercambiáveis, no entanto a Sahara e a XLX conviveram por alguns anos no mercado, a Sahara trazia a sonhada partida elétrica, sonho de consumo dos consumidores da XLX350R, a falta dela era uma reclamação antiga também. Considerando que as mudanças foram basicamente estéticas, o conjunto agradou! Muitos trilheiros da época, compravam Saharas, depenavam suas carenagens, trocavam o para-lama dianteiro pelo da XLX350R e a levavam pra trilha – alegres por ter uma moto de trilha com partida elétrica. Até mesmo uma concessionaria Honda de SP, enxergando esse nicho de mercado, oferecia na época um kit de transformação da NX350 em XLX350R – era chamado de “Reborn” (renascido). Mas como não há ganho sem perda: vale lembrar que a Sahara, apesar de ter partida elétrica, não possuía mais o pedal de partida, o que podia causar transtornos numa trilha caso a opção 01 falhasse…
Muito embora, olhando atentamente nos detalhes fosse possível perceber que a NX350 era uma clara (e até certo ponto tosca) adaptação da XLX350R, imagino que o fabricante podia ter se dedicado a criar um novo tanque (criado para adaptar-se a uma carenagem) um novo banco (criado para integrar-se as tampas laterais) e principalmente um novo painel (e não apenas uma capa plastica integrando o painel da XLX à carenagem da nova moto).
A moto oferecia uma proteção aerodinâmica melhor, e sem duvida atendia melhor quem gostava de colocar sua as trail na estrada.
A carburação recebeu um acerto diferente, e o motor produzia 1,5 cv a mais do que a XLX350R, praticamente imperceptível a diferença de desempenho.
Mas é fato, sem duvida, que tanto a NX350 Sahara, quanto a XT600Z Ténéré, abriram o apetite dos motociclistas daquela época e foram as precursoras dessa geração de moto-aventureiros e big-traieiros que rodam centenas de milhares de quilômetros pelo mundo atualmente.
Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.
Ola Diego tenho 27 anos, ja faço trilha ha algum tempo, tive a oportunidade de ter xlx250,agrale dakar, agrale EX e dt180.
hoje eu ando de crf230 e certamente so abro mão dela para uma importadinha.
Gostaria de dizer que adorei ler a respeito pois essa semana que descobri que a sahara é um xlx350, fiquei impressionado de nunca ter reparado, mas eu gosto dessa ideia pela dificuldade que temos hoje em dia para arrumar peças, meu sonho é ter uma moto dessas pra andar na rua, ou uma tenere ou uma sahara queria toda original com pneu de trilha para ficar parecendo moto de rally.
Abraços
Ola Diego tenho 27 anos, ja faço trilha ha algum tempo, tive a oportunidade de ter xlx250,agrale dakar, agrale EX e dt180.
hoje eu ando de crf230 e certamente so abro mão dela para uma importadinha.
Gostaria de dizer que adorei ler a respeito pois essa semana que descobri que a sahara é um xlx350, fiquei impressionado de nunca ter reparado, mas eu gosto dessa ideia pela dificuldade que temos hoje em dia para arrumar peças, meu sonho é ter uma moto dessas pra andar na rua, ou uma tenere ou uma sahara queria toda original com pneu de trilha para ficar parecendo moto de rally.
Abraços
Ola Diego tenho 27 anos, ja faço trilha ha algum tempo, tive a oportunidade de ter xlx250,agrale dakar, agrale EX e dt180.
hoje eu ando de crf230 e certamente so abro mão dela para uma importadinha.
Gostaria de dizer que adorei ler a respeito pois essa semana que descobri que a sahara é um xlx350, fiquei impressionado de nunca ter reparado, mas eu gosto dessa ideia pela dificuldade que temos hoje em dia para arrumar peças, meu sonho é ter uma moto dessas pra andar na rua, ou uma tenere ou uma sahara queria toda original com pneu de trilha para ficar parecendo moto de rally.
Abraços
Não custava nada os preguiçosos engenheiros da honda projetarem pelo menos um tanque com boia da gasolina e um novo painel para a sahara que inclusive tivesse luz do óleo , até porque a nx 350 sahara não era barata não !
Não custava nada os preguiçosos engenheiros da honda projetarem pelo menos um tanque com boia da gasolina e um novo painel para a sahara que inclusive tivesse luz do óleo , até porque a nx 350 sahara não era barata não !
Não custava nada os preguiçosos engenheiros da honda projetarem pelo menos um tanque com boia da gasolina e um novo painel para a sahara que inclusive tivesse luz do óleo , até porque a nx 350 sahara não era barata não !
Já tive as duas e digo o seguinte:
A XLX 350 R é muito mais bonita do que boa e a NX 350 Sahara é muito mais boa do que bonita. E tenho dito!
Já tive as duas e digo o seguinte:
A XLX 350 R é muito mais bonita do que boa e a NX 350 Sahara é muito mais boa do que bonita. E tenho dito!
Já tive as duas e digo o seguinte:
A XLX 350 R é muito mais bonita do que boa e a NX 350 Sahara é muito mais boa do que bonita. E tenho dito!