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Voltando do Atacama sozinho em 2001 ao chegar no estacionamento do hotel de San Juan encontrei com o cozinheiro que também acabava de chegar com a sua moto. Papo vai, papo vem o jovem argentino perguntou pra onde eu iria amanhã e eu mostrei no mapa da bolsa de tanque o roteiro que pretendia fazer para Santiago Del Estero. Grande conhecedor da região ele sugeriu que eu fosse pela RP 510, uma quebrada que encurtaria muito minha jornada e o visual seria muito bonito.
No dia seguinte sai cedinho de San Juan e a uns 80 km da rodovia federal encontrei a entrada da quebrada do cozinheiro que cortaria caminho para Santiago Del Estero, a RP 510.
Era uma estradinha asfaltada muito estreita que ia serpenteando entre pequenas elevações, com muita terra na pista arrastada pela chuva. A impressão que dava era que pouca gente passava por lá.
Na hora veio a imagem do jovem cozinheiro tomando uma cervejinha no bar depois do jantar e comentando com os amigos sobre a viagem que o brasileiro estava fazendo sozinho montado na sua GS1150 e comentando da dica que tinha dado pra fazer no dia seguinte. Era um lugar ideal para um assalto e na cabeça do “macaco velho” a luzinha vermelha de alerta acendeu e já fui imaginando uma pick-up me esperando depois da próxima curva. Voltei imediatamente para a estrada principal e resolvi continuar pelo caminho mais longo mesmo. Nem preciso falar por que não tirei fotos da quebrada do cozinheiro. Nas fotos a Gloriosa tirada por um motociclista catarinense deste grupo de brasileiros que conheci na Aduana Argentina do Paso do Cristo Redentor.
Como médico, Dr Décio não sabe dizer se o motociclismo é uma doença hereditária ou se pegou o vírus ao andar no tanque da moto do pai, uma Triumph 500, aos 7 anos de idade, quando ele e mais três amigos, em 1949 se preparavam pra ir até a Argentina. Foi um dos fundadores da pioneira equipe de enduro “Alice no pais das trilhas”. É um motociclista de mão cheia, daqueles que, ainda hoje em dia, encara o transito de SP em sua BMW GS1250 diariamente, é também um aventureiro de primeira linha, cruzou a transamazônica em algumas ocasiões, em 1983, 1988, foi ao México, USA, Alasca, praticamente toda América do Sul…em cima de uma motocicleta. Liderou alguns passeios de eventura pela Off Rush com as KTM e ha alguns anos organiza os passeios do Caltabiano Moto Club com as BMW
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Seguro morreu de velho, já dizia o ditado..!!!
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Acho que este é o maior desafio de uma viagem solo.
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