Enquanto isso… no outro lado do planeta (parte 1 – as 250cc)
O mundo era muito maior, sem duvida! A distancias eram maiores, levávamos muito mais tempo para atravessa-lo, para ter noticias do que acontecia no outro lado, a população mundial no inicio dos anos 1980 era de cerca de 4,5 bilhões de habitantes, atualmente fazemos parte de uma massa de 7,5 bilhões!
O “outro lado” era distante, romântico, fantasioso. Não havia internet para nos mostrar em instantes como são as coisas lá, raramente conhecíamos alguém que tivesse ido ao Japão, e quando conhecíamos, conversávamos por horas tentando entender, pesquisar, conhecer através de suas palavras…
…Não havia “Google Maps” e muito menos “Google Street View”. Nosso imaginário ia longe, lembro-me de que, em determinado momento, uma das revistas especializadas da época, mandou alguns jornalistas para o Japão e isso rendeu uma edição especial, intitulada “A pátria da moto”, e entre as fotos curiosas, estava uma tampa de vaso sanitário… pois é, que era automatizada e esguichava água “nas partes” do cidadão pra auxiliar na limpeza.. curiosidades.
Mas porque falar do Japão, especificamente? Uma referencia mundial em motos, mas para nós brasileiros, uma influencia incrível quando o tema é motocicleta dos anos 1980. Sem duvida Europa e estados unidos tem grande participação e talvez mereçam o titulo “pátria da moto” também, como deixar de lado Itália, com suas Vespas, Ducatis, MV Agustas, Bennelis, ao falar de motocicletas? Alemanha e suas tradicionais BMW? Os Norte Americanos e suas Harleys e Indians?! São grandes ícones!
Mas entre tantas grandezas até agora, vamos justamente focar num ponto que os japoneses estavam ligados nos anos 1980, e que era muito legal, as pequenas cilindradas. Não são pequenas cilindradas corriqueiras, como as utilitárias que tanto vemos por aqui, ou as consagradas vespas e lambrettas, são motos de altíssima tecnologia e desempenho, que utilizavam tudo que havia de mais moderno e atual naquele momento, que custavam caro, e ofereciam muito ao seu condutor, eram verdadeiras super esportivas de pequena cilindrada, bólidos que aceleravam de 0 a 100km/h em menos de 4 segundos e superavam os 200 km/h.
Não foi à toa que isso aconteceu, o Japão tinha uma particularidade na forma de habilitar seus motociclistas, de acordo com a idade e experiencia, fazendo com que com o passar do tempo fosse evoluindo na escala da cilindrada. O que faz sentido, se pensarmos que, alguém que acaba de se habilitar hoje no Brasil (e em boa parte do mundo), pode comprar uma Suzuki Hayabusa e sair acelerando a mais de 300 km/h… mas ai deixamos o debate pra outra esfera, todos os que leem este espaço já passaram dessa fase chata de aprendizado, tem maturidade e experiencia para tal. – Voltando ao Japão dos anos 1980…
Como a legislação limitava o motociclista a certa cilindrada, de acordo com a categoria de carta que ele possuísse, os fabricantes passaram a oferecer “mais” dentro daquela cilindrada. E a concorrência foi fazendo o mais se tornar ainda mais, e mais… o resultado foi incrível, e as pequenas e médias cilindradas japonesas daquela década são incríveis, como se pode acompanhar nas imagens e descrições abaixo.
KAZAWAKI ZX2-R
4 tempos
4 cilindros
refrigeração liquida
250cc partida elétrica
4 carburadores
45hp
cambio de 6 marchas
rotação máxima 20.000 rpm
SUZUKI GSX-R 250
4 tempos
4 cilindros
refrigeração liquida
250cc partida elétrica
4 carburadores
45hp
cambio de 6 marchas
HONDA CBR 250R
4 tempos
4 cilindros
refrigeração liquida
250cc partida elétrica
4 carburadores
40hp
cambio de 6 marchas
YAMAHA FZR250R
4 tempos
4 cilindros
refrigeração liquida
250cc partida elétrica
4 carburadores
45hp
cambio de 6 marchas
Pois é, brinquedo de gente grande! desempenho de causar inveja a muitas 500cc que vemos pela rua atualmente… mas acha que os japoneses estavam de brincadeira? um solene não pra você! olhos puxados enxergavam bem o que faziam, e a brincadeira não parava por ai, se ficou encantado com as 250cc de 4 cilindros? Aguarda que na semana que vem vamos mostrar como eram as esportivas 400cc daquela época.
Até lá…
Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.
Nossa, de fazer a memória dar um salto dentro do cérebro.
Lembro-me das cinquentinhas dois tempos que pipocavam por toda Europa, assim como as 125 do mesmo ciclo, esportivas, trails, utilitárias. Gilera KK 125 com tanque de combustível sob o motor, sem nada a deixar desejar perante as japas, a mesma Gilera RV 200 que tem ordas de fãs pelo velho continente. Demais tanta lembrança, inúmeras.
Na velha Europa, dos 14 aos 16 anos pode-se pilotar uma 50cc, dos 16 aos 18 uma 125cc, então é óbvio que os europeus e japoneses não perdem tempo para conquistar esse filão imenso de consumidores potenciais. E para melhorar, lá, pode-se ter apenas habilitação automotiva, que podes pilotar uma 125cc normalmente e sem problemas.
Nossa, de fazer a memória dar um salto dentro do cérebro.
Lembro-me das cinquentinhas dois tempos que pipocavam por toda Europa, assim como as 125 do mesmo ciclo, esportivas, trails, utilitárias. Gilera KK 125 com tanque de combustível sob o motor, sem nada a deixar desejar perante as japas, a mesma Gilera RV 200 que tem ordas de fãs pelo velho continente. Demais tanta lembrança, inúmeras.
Na velha Europa, dos 14 aos 16 anos pode-se pilotar uma 50cc, dos 16 aos 18 uma 125cc, então é óbvio que os europeus e japoneses não perdem tempo para conquistar esse filão imenso de consumidores potenciais. E para melhorar, lá, pode-se ter apenas habilitação automotiva, que podes pilotar uma 125cc normalmente e sem problemas.
Nossa, de fazer a memória dar um salto dentro do cérebro.
Lembro-me das cinquentinhas dois tempos que pipocavam por toda Europa, assim como as 125 do mesmo ciclo, esportivas, trails, utilitárias. Gilera KK 125 com tanque de combustível sob o motor, sem nada a deixar desejar perante as japas, a mesma Gilera RV 200 que tem ordas de fãs pelo velho continente. Demais tanta lembrança, inúmeras.
Na velha Europa, dos 14 aos 16 anos pode-se pilotar uma 50cc, dos 16 aos 18 uma 125cc, então é óbvio que os europeus e japoneses não perdem tempo para conquistar esse filão imenso de consumidores potenciais. E para melhorar, lá, pode-se ter apenas habilitação automotiva, que podes pilotar uma 125cc normalmente e sem problemas.