Será que alguém vai curtir?

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Aos 13 anos, faltavam ainda 1.825 dias pros 18 anos…

Contava os dias para atingir 18 anos e por a mão na carteira de motorista, o fascínio era tanto que pensava em morar nos USA só pra poder dirigir aos 16 anos, muito embora, pilotasse motocicletas desde os 13 anos na cidade, não podia viajar, era um grande desejo, mas confesso que na fissura de completar os tais 18 anos, a ansiedade era tanta, que não curti o que deveria meus 15,16 e 17 anos…

Meus pais diziam, em forma de mantra que era “ideia fixa”, que devia pensar em outras coisas, eu até pensava, afinal de contas a testosterona estava aflorando naquele mesmo momento, mas invariavelmente, até mesmo a conquista, passava pela gasolina e motores a combustão!


Mas a grande preocupação hoje é que, tenho notado, a galera que vem por ai não está dando a menor bola pros carros e pras motos, não quer saber de gasolina, não lê, não torce o pescoço quando passa uma moto ou um carro esportivo, não identifica nada pelo ronco… mal e mal as crianças de hoje “contam fuscas” na rua pra passar o tempo dentro do carro!

Poxa!  contar fuscas?!  quando eramos pequenos não perdíamos tempo dentro do carro em movimento, observávamos atentamente nossos pais enquanto “pilotavam”, para tentar aprender, cada detalhe, cada movimento era observado, eu me lembro claramente de repetir os movimentos da troca de marcha “no ar”…

Todos nós, tenho certeza, brincavam com carrinhos quando eram pequenos!
A moçadinha de hoje enfia a cara nas telas de cristal liquido (Led, Oled, sei lá..) e ficam horas naquele mundo virtual, conversando com sabe-se lá quem, vendo a vida passar por ali…  mas tão vendo a vida dos outros né?!  humm  ruim isso…   não é assunto pra esse nosso espaço, é tema pra ser discutido por pais e educadores, eles devem se preocupar com isso.  
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Pois é, graças a esses aparelhos estamos nos comunicando neste momento…
mas eles podem estar acabando com o que nos trouxe até aqui…

A grande preocupação aqui é que, se as motos e carros não exercem fascínio nessa geração, eles veem o automóvel e a motocicleta como meios de transporte apenas, falam em veículos compartilhados, se eles não dão importância nenhuma a “posse” de um veiculo, e se eles gastam seus recursos todos com gadgets eletrônicos, quem vai dar continuidade nas coleções que fazemos? quem vai valorizar tais itens?  quem vai frequentar os museus que criamos com tanto esforço e capricho?

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Quem vai valorizar? quem vai visitar as incríveis coleções de motocicletas no futuro?

Cada colecionador segue uma linha, uns gostam de motos europeias, outros americanas, alguns japonesas, certos colecionadores focalizam em uma determinada década, outros não. Tem os que preferem as motos em “estado mint”, e tem os que gostam de garimpar as peças e fazer a restauração, mas, uma das poucas unanimidades entre todos os colecionadores é que: Colecionamos para proteger o passado – deixar um legado para as futuras gerações!

Colecionadores, orgulham-se de acompanhar a valorização de seus veículos com o decorrer dos anos (muito embora a maioria valorize menos do que uma boa aplicação financeira, todas valorizam – diferente de qualquer veiculo moderno), mas, caro leitor, já pensou que em curto espaço de tempo isso pode dar uma grande guinada?

É a tal da lei da oferta e procura, caso a futura geração não se interesse por nossas “colecionáveis”, quem dará continuidade às nossas coleções? Pense que também, elas não valerão mais dinheiro algum, ou na melhor das hipóteses, valerão muito pouco, para alguns (sempre existem) que seguirão na contra-corrente…

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Haverá espaço em um mundo ecologica-
-mente correto” para as nossas colecionáveis?

Existirá onde abastecer nossas motocicletas? Será a queima do petróleo algo permitido no futuro?  Será que a isenção de impostos da qual gozamos atualmente não acabará se revertendo?  pois possuímos veículos altamente poluidores?  – todas as regalias que temos, são em nome do valor histórico, pois é, mas o valor histórico só tem valor, caso alguém dê valor a ele…

Será o apocalipse do colecionismo?   Diego acordou pessimista?  Talvez…  Ao mesmo tempo que esta matéria entrou no ar em nosso site, coloquei uma enquete, e convido o leitor a clicar no canto superior esquerdo do nosso site, é bem rápido, e ali vamos nada mais nada menos do que entender a faixa etária do nosso leitor.  Uma pequena amostra, é verdade, sem o menor fundamento cientifico, mas que nos dá um norte, um alerta quem sabe…

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Seremos bem vindos com nossas motos barulhentas, fumacentas em uma estação de serviço do futuro? Existirá gasolina? 

Penso que, nos meus 15, 17 anos… se houvesse um site assim (claro, se houvesse internet!) eu seria assíduo frequentador (e muitos como eu)…  mas tenho a impressão que nosso leitor é tão “quarentão” quanto eu, ou mais – com todo respeito…  Vamos aguardar pra ver.  (quando terminar a enquete vou deixar anexado aqui embaixo o resultado, e claro, mesmo posteriormente todos leitores poderão comentar, postando sua idade ou qualquer outro comentário pertinente a qualquer momento!). (abaixo enquete que ficou no ar durante a quinzena de publicação da matéria)

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Confirmado! 71% dos leitores que votaram, tem acima de 40 anos!

Nós, que curtimos mesmo as antigas, vivemos com um pezinho no passado, não entendemos muito de futuro mesmo!  Tomara!  Que esse texto seja apenas um delírio mal humorado de uma manhã de outono.

Mas vou ficar alerta!…


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3 thoughts on “Será que alguém vai curtir?

  • tenho 18 anos, e sou apaixonado por veículos antigos e conheço muitos da minha faixa de idade que também gostam do antigomobilismo .

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  • tenho 18 anos, e sou apaixonado por veículos antigos e conheço muitos da minha faixa de idade que também gostam do antigomobilismo .

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  • tenho 18 anos, e sou apaixonado por veículos antigos e conheço muitos da minha faixa de idade que também gostam do antigomobilismo .

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