Somos quase trinta milhões

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Publicidade dos anos de 1970

Agora está fácil ser motociclista no Brasil, temos até um dia: o 27 de julho. Além disso basta virar a esquina que se encontra uma loja de peças, equipamentos e concessionárias. Mas nem sempre foi assim. Se você é leitor do Classicas80 sabe do que estou falando, mas é bom recordar. Voltar nos anos de 1970 para ter uma ideia de como era complicado ser motociclista no Brasil.

Para começar as motos eram vendidas em magazines, isso mesmo. Lojas como o Mappin tinham um setor de artigos de acampamento, bicicletas e motocicletas.
Achar um capacete, capa de chuva, jaqueta ou bota específica para andar de moto era uma grande dureza. Na verdade era quase tudo na base do improviso.
Um impulso na popularização da motocicleta veio da Rede Globo com a novela Cavalo de Aço, exibida entre janeiro e agosto de 1973. A ator Tarcísio Meira usava uma Honda CB 750 e “pegava” a Betty Faria.

Tarcísio Meira e Betty Faria, ela não resistiu à moto
Longe da tela, não existiam concessionárias e, com a proibição de importação, ficou ainda mais difícil. Tínhamos apenas as nacionais Yamaha RD 50 (lançada em 1975) e depois chegou a Honda CG 125 (em 1976). 
Passados mais de 40 anos é bem legal ver a nossa evolução. A lista de modelos disponíveis aumentou de forma inimaginável. Marcas como a BMW, Triumph e Harley-Davidson desembarcaram oficialmente no Brasil e até fabricam alguns modelos aqui.
Lojas não faltam. Só para você ter uma ideia, são mais de 1.000 concessionárias Honda enquanto a Yamaha passa de 600 (é verdade que a crise fechou muitas, mas vamos superar isso).
Agora o que é legal é ver que a maioria das motos vendidas no mundo está disponível no Brasil. Claro, que nem todos os modelos, mas a maioria sim. Ducati, Kawasaki, entre outras estão a nossa disposição – claro, não vamos falar de preço para não “azedar” o assunto.
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Recife é tomada por motos, o veículo facilitou a vida das pessoas
Algumas pessoas reclamam que a moto perdeu o romantismo, perdeu o charme. Mas a popularização do veículo foi benéfica para quem gosta do veículo de duas rodas a ponto de termos até um dia para nós.
O número de motociclistas habilitados no Brasil já se aproxima de 30 milhões e a moto passou a fazer parte do cotidiano dos brasileiros. Quem viaja pela região Nordeste percebe que em cada casa, nos mais distantes rincões, tem uma moto guardada na varanda. Ela ajuda no sustento da família e também no lazer das pessoas.
Quem dia diria que a motocicleta, de uma ilustre desconhecida nos anos de 1970, ganharia até uma data comemorativa no século XXI e um exército de usuários. 

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4 comentários sobre “Somos quase trinta milhões

  • Como eu era criança, não lembro de muita coisa, mas aqui em São Carlos, havia uma concessionária Honda, uma Yamaha e as Suzukis eram comercializadas pela JCasale, materiais de construção.
    Isso quem me conta são os mais velhos.
    O Mappin, Mesbla, Eletro Radiobras(alguém se lembra?), entre outras aí da capital, vendiam motos.
    Outros tempos. Gasolina azul, poucas estradas duplas asfaltadas no país, sem obrigatoriedade de usar o casco, e por aí vai.
    Mesmo no início dos anos 80, as capas de chuva não eram como as de hoje.
    Viva a história.

    Resposta
  • Como eu era criança, não lembro de muita coisa, mas aqui em São Carlos, havia uma concessionária Honda, uma Yamaha e as Suzukis eram comercializadas pela JCasale, materiais de construção.
    Isso quem me conta são os mais velhos.
    O Mappin, Mesbla, Eletro Radiobras(alguém se lembra?), entre outras aí da capital, vendiam motos.
    Outros tempos. Gasolina azul, poucas estradas duplas asfaltadas no país, sem obrigatoriedade de usar o casco, e por aí vai.
    Mesmo no início dos anos 80, as capas de chuva não eram como as de hoje.
    Viva a história.

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  • Como eu era criança, não lembro de muita coisa, mas aqui em São Carlos, havia uma concessionária Honda, uma Yamaha e as Suzukis eram comercializadas pela JCasale, materiais de construção.
    Isso quem me conta são os mais velhos.
    O Mappin, Mesbla, Eletro Radiobras(alguém se lembra?), entre outras aí da capital, vendiam motos.
    Outros tempos. Gasolina azul, poucas estradas duplas asfaltadas no país, sem obrigatoriedade de usar o casco, e por aí vai.
    Mesmo no início dos anos 80, as capas de chuva não eram como as de hoje.
    Viva a história.

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  • Oi, eu achei muito vago artigo, poderia mostrar mais do que somente falar coisas do tipo “Ilustre desconhecido” ou “ser difícil” por não ter “variedade” de modelos e marcas, deixando o apaixonado pelo vento no rosto sem muitas opções.
    Que tal fazer uma matéria onde mostre os números em lugar das opiniões próprias de quem pode sequer estado vivo naquela época?
    Vc poderia abordar os preços daqueles anos dourados para os motociclistas (motociclista é aquele que usa sua moto de forma civilizada e não para correr e provocar acidentes, esse é o MOTOQUEIRO), o quanto que um trabalhador tinha que desembolsar para comprar uma motocicleta, parcelamento e tudo mais, para mostrar que hoje, todo o que se fala a respeito daqueles anos é pura mentira, pois eu vim morar no RS em outubro de 1985 e naquele ano uma moto Yamaha RX 125cc era comercializada aqui em Novo Hamburgo por incríveis Cr$ 600 mil em até 24 vezes, e o salário mínimo daquele semestre foi de Cr$ 600 mil, o que ninguém fala hoje em dia, pois isso mostraria que os atuais políticos estão mais interessados no nosso dinheiro do que os políticos daquela época que antecedeu a reforma constitucional de 1988.
    Faça uma reportagem desse tipo, pesquise bem e vai ver que hoje em dia está muito mais difícil ser motociclista do que nos anos 70 e 80.

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