Cafe Racer – certeza que existe um padrão?

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O mundo muda. E muda a cada instante.

Fabricantes de carburadores não quiseram, ou não tiveram tempo
de mudar…

Imagine-se então tendo herdado uma linda, moderníssima, rentável, enorme fábrica de carburadores nos anos 1960 – 70.  Com os melhores e mais modernos equipamentos, fazendo uso das mais modernas ferramentas de gestão. Uma empresa enxuta, invejável, modelo a ser seguido, não havendo preocupação com o humor do mercado regional, pois exportava para todo o mundo. Visitada, copiada, invejada…   até que… de repente! O carburador extinguiu-se!

Se em algum momento o herdeiro imaginou-se não querendo mudar: – Perdeu!  como dizem na gíria!

E assim aconteceu com muitos que não mudaram, Kodak é um gigante exemplo… o que aconteceu? Eles tinham certeza de alguma coisa!

Kodak era um gigante, e achou que seria mais forte do que a
forte onda de mudanças. Não foi!

Mas aqui falamos de motos, especificamente as antigas, as de coleção – sorte nossa, nesse mundo de mudanças diárias e rápidas, elas seguem estáticas, como a frieza do metal, congeladas em um passado confortável! Mas seriam elas imutáveis?  Ou nós também temos que abrir nossas cabeças!?

Atribuem a Michel de Montaigne a frase “Só os loucos tem certeza e não mudam de opinião“, se realmente ele a proferiu ou não, não nos cabe discutir, mas o que sabemos é que ele “certamente questionava a certeza”…

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Michel de Montaigne

então, inspirado por Montaigne, ponderei: – Em partes…

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A moda das “Café Racer – Replika” surgiu ha alguns anos e se mantem firme! Também pudera!, as motos são incríveis, lindas! Nos remetem a uma época de rebeldia máxima, um momento que infelizmente não fez parte de nossa cultura, mas nos faz sonhar!  O Brasil abraçou a moda e modelos surgiram, tanto os customizados, lindos e maravilhosos, quanto os de fábrica (triumph, ducati etc), não menos espetaculares!

Em sua essência, como já dissecamos em outra matéria, são motos modificadas a partir das europeias, normalmente bicilíndricas paralelas, de origem inglesa, com suspensões bichoque, transmissão final por corrente, carburadas é claro, leves e ágeis, ficavam ainda mais ariscas depois de modificadas em pequenas oficinas ou no fundo de quintal, pelo próprio motociclista.

Mas, o que lhes trago aqui, saiu recentemente de uma oficina da Alemanha, onde um desmiolado (talvez seja “miolado” demais), dedicou-se a criar um monstro, completamente fora do padrão das Café Racer, tanto em potência, quanto em arquitetura de motor, em transmissão, quanto em tudo. Se me perguntassem se daria certo fazer uma Café Racer a partir daquela moto especificamente, eu certamente torceria o nariz.  – Certeza que não da! teria dito!

E teria me dado muito mal!  Este artesão alemão, soube misturar o espirito inglês e a tecnologia japonesa, demonstrando estar afinadíssimo com a tendencia de globalização do século XXI, provou que pode-se mudar as formas, a tecnologia, mantendo-se o conceito,  e criou o monstro, cujo vídeo os amigos leitores podem curtir agora…

Se não se pode ter certeza, Montaigne que me desculpe, mas essa eu tenho: a turma de Londres dos anos 1960 ia simplesmente pirar com essa motocicleta!…


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3 comentários sobre “Cafe Racer – certeza que existe um padrão?

  • Lindas, assim como muitas tunadas mundo afora.
    Lembro de uma oficina italiana que pega as Z800/1000, e as deixava parecidas com as 900 da Kawa do início dos anos 70.

    Resposta
  • Lindas, assim como muitas tunadas mundo afora.
    Lembro de uma oficina italiana que pega as Z800/1000, e as deixava parecidas com as 900 da Kawa do início dos anos 70.

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  • Lindas, assim como muitas tunadas mundo afora.
    Lembro de uma oficina italiana que pega as Z800/1000, e as deixava parecidas com as 900 da Kawa do início dos anos 70.

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