A originalidade…nos detalhes!

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Aqui seguem algumas dicas, pequenos macetes, que ajudarão você a entender se a moto que você está querendo comprar é realmente original, e mais, da pra saber inclusive se ela está com peças originais de fábrica ou peças substituídas na concessionária em algum momento…
A moto que segue como exemplo é a XL125S 1987, veja bem, apenas um exemplo, pois essas referências variam de acordo com o fabricante, portanto deve-se consultar algum especialista, mecânico, restaurador ou outro colecionador se não conhecer sobre aquela marca / modelo específico que está comprando!
1- marcas nos aros.  Neste caso, a XL125S é fabricada pela Honda, então procurar no aro o logotipo HM (Honda motos) e o mês e ano de fabricação – bem, se tem o (HM) trata-se de uma peça original Honda, agora se tiver o HM e a data for condizente com ano de fabricação da moto, aí estamos falando de uma peça original de fábrica.  Note na foto abaixo, o HM e a data 0487 (abril de 1987). Pra ser mais exigente? O aro dianteiro e traseiro devem ser iguais, ou bem parecidos na questão data.
Perceba também se o acabamento dos 2 aros estão parecidos…
Aros de outros modelos, como a Agrale Dakar (que era equipada com lindos aros de alumínio) eram de um fabricante especifico (no caso da Agrale a marca TwoHard). 

2- Peças plásticas: a Honda (e a maioria dos fabricantes) é gentil em colocar tal informação também nos plásticos.  Para-lama dianteiro, traseiro, carenagem de farol, tampas laterais, abas do tanque, praticamente todas as peças plásticas recebem na parte interna uma inscrição, dizendo a marca, o código da peça, a descrição da peça em inglês, o pais onde foi produzida… E bingo! A data de fabricação (no formato de uma tabela onde pontos indicam mês e ano – formato comum em produtos de plástico injetado, para evitar a troca do molde, apenas os pontos são adicionados mês a mês)… Pronto, desta forma, temos como saber novamente se a peça é original, se é deste modelo de moto mesmo ( pelo código) e novamente, se o ano e mês forem condizentes com o ano de fabricação da moto e próximos ao indicado no aro, estamos falando de peça original de fábrica!
3- inscrições em peças de aço estampados. Como por exemplo a ponteira do escapamento. Mas aí você deve informar-se antes da localização e do teor das inscrições de cada moto.  Como referência, revistas antigas (como os testes que disponibilizamos pra download neste site) fotos de folderes de época, pôsteres e etc podem te dar a informação correta!
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4- espelhos. São uma forma bem fácil de identificar, mas atenção, pois espelhos são parecidos, e o da XL 125s pode ser parecido com o da XL250R ou da XLX350R mas não necessariamente são os mesmos, convêm conferir no catalogo de peças pra ter certeza que os espelhos não foram tocados em algum momento…. (Os da Honda, alem da inscrição com o nome do fabricante, normalmente possuem o parafuso de regulagem próximo da base da haste)

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Outros detalhes…
Fora isso existem outros detalhes, como observar se todas as lentes plásticas dos piscas foram fabricadas pelo mesmo fabricante (normalmente stanley nas Hondas mais antigas e com muitas peças importadas e Rossi ou Wagner as nacionais um pouco mais recentes) – é muito comum encontrar lentes sem inscrição alguma (do mercado paralelo) ou lentes misturadas de vários fabricantes, coisa que… não foi feito na fábrica …
Convém conferir os parafusos.Se todos parafusos que executam a mesma função (por exemplo os parafusos que fixam as lentes das setas) são iguais (tipo da fenda, da rosca, e acabamento), conferir se há uma guarnição de borracha dentro dos piscas também é interessante, demonstra que não foram desmontados, ou se foram, houve cuidado na montagem. Essa regra dos parafusos vale pra tudo, como por exemplo os parafusos de fechamento do motor (aí vale a pena ver se não foram forçados ou machucados também), de regulagem dos freios, embreagem e etc…
Também vale a pena informar-se com outros colecionadores sobre a adesivação, se deve ou não estar por baixo do verniz… (Varia de acordo com o modelo e até mesmo dependendo da peça) 
Muitos restauradores “porquinhos”, adesivam as peças plásticas e mandam verniz por cima… Dizem que “fica mais bem feito”… Mas nós, colecionadores, não queremos absolutamente nada melhor do que a fábrica fez… Queremos apenas igual!
E por aí vai… Chatice para uns, perfeccionismo para outros… E colecionismo para todos!
Conheça a nossa seção de colecionismo pois outras dicas legais estão ali!

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