Mantendo as antigas…sempre novas!

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Emagrecer é fácil, difícil é manter… dizem os magros!  Eu que sempre fui mais pra gordo do que pra magro, cansei de ouvir essa historia, e cansei de engordar – emagrecer – voltar a engordar!  É chato isso viu!

Mas o caras tem razão!  difícil mesmo é manter! Falta disciplina!  No começo a empolgação faz o trabalho, depois, a gente vai relaxando e voltando à condição anterior, devagar, sem perceber… vai, vai, vai e quando percebe, pronto!  ta tudo lá outra vez!

Antes que o “reclamão-do-fundo-da-sala” se manifeste, me deixa correr e voltar logo pro tema do site: as motos!

Com as motos clássicas é exatamente a mesma situação, a pessoa deve ser extremamente disciplinada pra manter uma motocicleta antiga, é todo um ritual – pelo menos semanal – pra dar conta de mante-la em ordem, funcionando perfeitamente.  To falando no singular se o cidadão tiver uma só, se tiver duas, multiplica por dois…se tiver três.. quatro.  Até que um dia ele se dá conta que talvez, não dá mais conta!  e precisa “profissionalizar” – mas ai é assunto pra outra conversa! Caso de coleções maiores, bem maiores.


A comparação com o regime de emagrecimento é muito oportuna justamente por isso, você, enquanto está mantendo o peso depois de emagrecer, pode “sair da rotina” e não por isso vai engordar imediatamente… Se anima a cometer mais escorregões, outros escorregões vem… 

Com a coleção é idêntico, você viaja em um final de ano e fica 3 semanas sem se aproximar das motos, volta e elas estão bem, tudo funciona!  – Está armada a arapuca! – pensa o incauto: – Diego é exagerado, que semanalmente que nada! posso ficar 3 semanas na boa! olha só, ta tudo em ordem! – e passa a visita-las “tri-semanalmente” apenas, pois tem outras atribuições a fazer.

E com o tempo, os problemas começam a pipocar!  Uma ferrugenzinha aqui, um carburador entupido acolá, um mal contato desse lado, outra ferrugenzinha pra lá, um combustível estragado no tanque… a decepção vem, e o caboclo se irrita, perde o prazer pelas motos e alguns até decidem vende-las…  foi pego pela arapuca que ele mesmo armou! 

Mas, claro, não é o caso do leitor assíduo do Motos Clássicas 80, nosso leitor já está escolado! É safo! E não mete a mão em cumbuca!   Se algum leitor novo caiu de paraquedas em nosso site, justamente nesta matéria, seja bem vindo!  Se você se identificou com a situação que descrevi até agora, não se desespere!  Pra quase tudo há solução nesta vida – até pra ferrugem há!

Mãos à obra!

Bem, separei em tópicos, dicas que dou para manter as motos antigas em estado de zero km, são frutos do aprendizado de erros acertos nesses anos todos que tive, lidando com minha coleção, pra nossa alegria, todas as dicas são extremamente simples e prazerozas:

Passear é o melhor remédio!

Andar Semanalmente – essa é a dica de ouro – a melhor parte é passear com as clássicas, você vai abrir mão justamente disso?! não né!

Aquecer o Motor antes de sair – motores antigos, diferentemente de motores novos, funcionam bem quando aquecidos.

Não Forçar o Motor – se “naqueles tempos” você tirava “altas chinfras” com sua “motoca” – agora ela está aposentada e deve ser respeitada como tal, nada de “dar pau” na moto!  respeite-a, levando-a para um passeio!

Não Forçar o Cambio – nenhum componente deve ser forçado – desconte sua agressividade em outro canto!  não nas clássicas!

Não Dar a Partida com Farol Aceso – a grande maioria das motos atuais tem um dispositivo que desliga o farol no momento da partida, sem falar que suas baterias são dimensionadas para tal.  As antigas não!  vamos poupa-las!  não apenas a bateria, mas o sistema elétrico como um todo. A bateria pode até ser nova, mas fios estão ressecados, motor de arranque (se tiver) está cansado…

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Tem que mante-la sempre brilhando!!!

Limpeza – lavar e manter limpa sua clássica é fundamental!  o acumulo de poeira, graxa, barro, e qualquer outra sujeira faz com que a umidade se acumule, pontos de ferrugem comecem a aparecer, e você não os consiga enxergar… depois de lavar, rodar uns quilômetros de modo que a água daquele cantinho mais remoto venha a escorrer.  Cera é muito bem vinda na pintura também – sempre!

Tanque Sempre Cheio –  já ouvi de alguns colecionadores, até mesmo em programa de televisão, que o tanque de combustível deve estar sempre vazio (ou quase) e a cada saída, colocar-se o minimo de combustível, assim evita-se que o combustível estrague no tanque, comprometendo o sistema de alimentação – eu sou absolutamente contra esta teoria, pois, se andarmos em nossas motos com frequência, o combustível não estragará, e, mesmo que isso viesse a acontecer, o dano seria menor do que a ferrugem no interior do tanque de combustível, vale lembrar que ferrugem é oxidação, e oxidação acontece apenas na presença do oxigênio, se o tanque de combustível estiver cheio, não ha contato das paredes internas do tanque com o oxigênio, e portanto não ha oxidação.

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Calibrar sempre!

Esgotar o Carburador – ao final de cada passeio, fechar a torneira de combustível e esgotar o carburador, evitando a formação de gosma em seu interior e consequente entupimento do(s) carburador(es).  Na hora de ligar de volta, basta abrir a torneira, umas bombadas no acelerador, puxar o afogador e pronto!

Cobrir a Moto – apenas quando ela estiver limpa e fria – de preferencia com uma capa que permita respiração.  Jamais cobri-la molhada.

Pneus Calibrados – sem muito a considerar, se para os modernos pneus com câmara a recomendação já é semanal, imagina só pros antigos, com câmara … ressecados..   saiu? calibrou!

Com isso, e realizando as manutenções programadas no manual de sua motocicleta, troca de óleo (lembre-se, se não cumprir a quilometragem, troque a cada 6 meses!), velas, lubrificações e verificações diversas, você estará evitando paradas para manutenção corretiva, evitará o aparecimento de ferrugem prematuramente, evitará montagens e desmontagens, limpezas de carburadores, custos desnecessários e aproveitará bem mais de sua coleção!


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5 comentários sobre “Mantendo as antigas…sempre novas!

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