As esportivas… que eram tão modernas…estão virando clássicas.

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As esportivas modernas, tiveram em seu berço a presença marcante da CB750F no final dos anos 1960 e durante a década de 1970.
Motos incríveis e nos apresentaram um novo patamar de esportividade, jamais sonhada antes.
A sete-galo quebrou paradigmas em seu tempo e nos fez saber o que era vento no rosto a 200 km/h – fez despertar a paixão pelo o ronco dos 4 cilindros também.

Aqui no Brasil, a evolução foi interrompida por 10 anos, de 1976 quando foram proibidas as importações (e paramos de ver grandes motos nas concessionarias) até 1986, quando a Honda relançou a sete-galo, praticamente toda importada e apenas montada na unidade de Manaus – naquele ano cerca de 800 unidades da CBX750F 1986  “Black” desembarcaram por aqui.


Foi um novo marco, pois não acompanhamos a evolução das antigas sete-galo e tomamos logo um choque, 10 anos depois, ao ver a criatura com soluções muito modernas (aro 16 na dianteira, sistema anti-mergulho na suspensão dianteira, duplo disco de freio dianteiro, mono-amortecedor pro-link,  carenagem, farol duplo etc.  A moto era (e ainda é) de babar!  E realmente o consumidor babou nela e, pagando ágio, conquistou-a.

E tudo voltou a calmaria, no ano seguinte a moto perdeu alguns de seus atributos com a nacionalização (perdeu aro 16, perdeu sistema anti mergulho, perdeu os lindos escapamentos anodizados, dando lugar ao comum cromado…) e acabamos ficando por mais 5 ou 6 anos sem grandes novidades, apenas novas cores, novos grafismos.

A capa dessa Duas Rodas (edição 134 de agosto de 1986) já colocando a CBX750F cara a cara com
as grandes feras! – parece que estavam prevendo o que tinha por vir…

Foi em 1991 que, com as importações  abertas começaram a chegar os bólidos, e tomamos novo choque de tecnologia. Pra quem estava acostumado aos 82 cv da CBX ou aos 55 cv da RD350R, começamos a conhecer pessoalmente, criaturas que antes habitavam apenas as páginas das revistas… Motocicletas com mais de 150 cv desembarcaram por aqui. Se a disputa antes ficava nas migalhas de se aproximar ou superar os 200 km/h – começamos então a falar grosso!  Essas novas criaturas lambiam os 280 km/h!  Também voltamos a nos encontrar com marcas que estavam se apagando de nosso mercado, como Suzuki, Kawasaki, outras mais.

Pois, aqui algumas são citadas (certamente outras foram esquecidas),  não haveria espaço pra todas, a ideia é apenas mostrar ao leitor o que certamente será clássico nos próximos 10 – 15 anos – estamos agora abordando apenas as esportivas…

Peso Pesado

Bem, pra começar a conversa, a Suzuki e a Kawasaki, quebraram tudo ao apresentar motos com 150+ hp.  Suzuki GSXR 1100W e Kawasaki ZX11.

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Suzuki GSXR1100W 1993
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Kawasaki ZX-11

Motos  que, apesar do peso excessivo (pros padrões atuais), dispunham de uma cavalaria invejável e eram capazes de velocidades elevadíssimas.

Essas motos acabaram, no final da década evoluindo para Honda CBR1100XX (Blackbird) e Suzuki GSX1300R (Hayabusa).  Que destronaram as anteriores e serão também, possivelmente, grandes colecionáveis daqui ha 10 anos.

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CBR1100XX – valorizadas são as carburadas… ah e por favor: PRETAS, afinal – seu nome: Blackbird!
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As Hayabusas são maquinas incríveis, sem duvida as mais procuradas pelos colecionadores serão as 1999 com velocímetro até 350km/h. – há de ser aberta uma exceção pra ela, por ter nascido injetada, mas merece com louvor, estar nesse hall.
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Velocimetro da Hayabusa até 350km/h? esse é o cara!  apenas em 1999 foi assim, depois, marcava “apenas” até 300km/h! E eram limitadas eletronicamente…



Peso Pena

Ao mesmo tempo que as Peso Pesado se desenvolviam e ganhavam espaço, fazendo tremer as pernas dos motociclistas, as Peso Pena estavam botando as asinhas pra fora, e nessa categoria algumas marcaram época. Eram motos que, buscavam sem duvida, a cavalaria, mas apostavam mais na relação peso x potencia pra extrair todo seu potencial.  Por serem leves (bem mais leves), eram muito mais maneáveis e tinham excelente desenvoltura em circuitos fechados (de preferencia os mais travados).  Eram motos com menor entre-eixo se comparadas as Peso Pesado…  as rainhas da diversão, pra quem as sabia pilotar, é claro!

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Em 1992 surgia a CBR900RR – quebrando paradigmas, apostava na filosofia: Corpinho de 600cc com potencia de 1000cc – arrebatadora!  Talvez não fosse fiel à proposta, mas deixava a maior parte das esportivas 750cc com a língua de fora.
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Com cores empolgantes, mas desempenho ligeiramente inferior a concorrente da Honda.  A Kasazaki ZX-9R foi superar a Honda CBR900RR apenas em 1999, quando sofreu uma redução drástica de peso.

E, ja no final dos anos 1990, pra ser mais exato em 1998, surge a grande quebradora de paradigmas – A Yamaha YZF-R1!!!

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De 1998 até 2001 a primeira geração da R1 foi carburada.  Ostentava 150 cv (quase a mesma potencia da GSXR1100W de 1993) e apenas 178 kg (cerca de 50 kg a menos que a GSXR1100W).  Dá pra imaginar a explosão que era (é) pilotar uma moto dessas… sem duvida ela será uma grande pérola de qualquer coleção de esportivas daqui a apenas 10 anos.

Ahh não pode ser esquecida, neste hall, da incrível Kawazaki ZX-7R do inicio dos anos 1990…

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Com as cores primárias da Kasawaki, com posição absolutamente racing e sem concessão alguma ao conforto, e visualmente, a característica unica e mais marcante – as entradas de ar passando por tubos, por cima do tanque de combustível!  Maravilhosa!!!!

O negocio é ficar de olhos abertos, hoje ainda não são tão valorizadas (fato é que se tornou muito complicado encontra-las em bom estado)…e inevitavelmente, elas serão as grandes estrelas das próximas coleções, quando o assunto for desempenho e esportividade.


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11 thoughts on “As esportivas… que eram tão modernas…estão virando clássicas.

  • Realmente estão virando clássicas. Motos que poderiam até serem usadas em viagens com um casal em cima sem castigar ninguém, caso por exemplo da Kawa ZX 11, Honda CBR 1100, entre outras. Vale lembrar da belíssima Ducati Paso 750(depois 900 ie). Os brasileiros perderam muito quando as importações fecharam, pois além das japas, as européias Ducati, Benelli, Laverda, Guzzi entre outras, marcaram época.

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    • Tenho uma cbr1100 1998, curto muito a moto eu e a patroa já fizemos várias viajens longas de 1200km pra cima, sem judiar nada

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    • Não esquecer as atuais zero km, apesar de caras são verdadeiras joias raras. Todos fabricantes tem representantes de alta tecnologia e performance, com precos desde 60 até 200 mil. Qual você prefere ?

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  • Hora de comprar barato, curtir e colecionar. Marcaram época, sem dúvidas, e terão seu lugar nas coleções futuras.

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  • Hora de comprar barato, curtir e colecionar. Marcaram época, sem dúvidas, e terão seu lugar nas coleções futuras.

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  • Hora de comprar barato, curtir e colecionar. Marcaram época, sem dúvidas, e terão seu lugar nas coleções futuras.

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  • Eu tenho uma cbr f2 92 não tenho dinheiro para restaurar mas tbm não quero vender e motivo de cara feia em casa todo dia kkkk

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  • Eu tenho uma cbr f2 92 não tenho dinheiro para restaurar mas tbm não quero vender e motivo de cara feia em casa todo dia kkkk

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    • Eu tenho uma Kawasaki ZX11 1992 Preta , a moto dos meus sonhos , Não dou não vendo e não troco. O nome Ninja na carenagem me deixa muito empolgado.

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  • Parabéns,
    Muito boa matéria!
    Aguardo a continuidade com a briga das 750 e 600… Srads, Cbrs, Zx e outras.

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  • Eu tenho uma 900rr ano 1997 zero bala com 89 mil km rodado

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