A crônica da Mobylette
O Barn Find e a Polícia
Em uma postagem anterior, contei pra vocês como foi encontrar uma Mobylette Caloi XR50 1987, ela ficou uns meses na fila da manutenção da garagem, foi inteiramente revisada e, finalmente, chegou a hora de dar uma volta com ela.
A última vez que eu andei numa mobila foi pouco antes de completar 14 anos… Já se passaram 34 anos desde então. Na época, “fugir” da polícia não era coisa de marginal apenas, mas também os garotos menores de idade, que, como eu, não podiam pilotar e o estavam fazendo, nesta outra matéria falamos sobre esse dia a dia de garotos com Mobylette e a polícia.
Rodando com ela
Bem, dar a partida não foi nada difícil, sonzinho agradável, fumacinha do motor 2 tempos, coração batendo forte, como na primeira vez que subi em uma Mobylette. Uma grande diferença que, nesses 34 anos, “cresci” um pouco – 110kg e 1,90m de altura, em cima do ciclomotor, me senti o verdadeiro urso de circo – com apenas 46kg a pequena Caloi praticamente desapareceu atrás das minhas pernas.
Mas ela deu conta, e com entusiasmo foi acelerada, me levando, sorrindo, pelo trajeto entre a garagem e minha casa, de apenas 4km. Motoqueiros profissionais, senhoras, senhores, pedestres, torciam o pescoço. Acredito que alguns tenham reconhecido a raridade e viajado no tempo, outros se divertindo com o gigante sobre a “pobre” Mobylette. Eis que em uma esquina, dois guardas e uma viatura parada com giroflex ligado! Pronto! o suficiente pra rebobinar a fita inteira e me lembrar do esforço que era feito pra evitar esses encontros. Mas quer saber? Os guardas nem deram bola pro coroa barbado que se divertia no ciclomotor, e o passeio seguiu.
Na subida tem que pedalar
Os últimos 300 metros antes de chegar na segurança da garagem de casa, há uma longa subida e imaginei que, com o peso atualizado, teria que pedalar ou passar vergonha. No pé da subida, acelerei, embalei – no meio dela há um semáforo, que não estava lá em 1987, mas dei sorte, estava aberto! Ufa! Então foi só manter a aceleração, sentindo ela ficar mais fraca, me divertindo com o ponteiro do velocímetro que balançava freneticamente, como que em um aviso de preocupação, e lentamente chegar em casa.
Não importa a moto
Algo que sempre dizemos aqui, não importa a moto que você está usando e sim o prazer que ela oferece e as boas lembranças que vem junto. Esse foi o caso, um passeio de apenas 4 km com uma “motinho” de apenas 3cv, rendeu essa crônica, que espero, tenha feito você viajar no tempo também.
Assista ao vídeo
Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.
Sou de 1980 e lembro quando pré adolescente, com apenas 12 anos, tinha um garoto (que não lembro o nome) que passava em frente minha casa com sua Mobylette. Achava aquele garoto o máximo, com uma “moto” daquela. Realmente um texto nostálgico. Parabéns!
Tive uma verde e branca , meu pai me deu como presente por ter passado de ano , coloquei um escape dimensionado lembro que tinha que pisar na ponta do escape para da mais potência ,isso é o que agente achava kkkkkkk , óleo 2T de baixo do banco cada vez que abatecesse uma tampinha de oleo no tanque , tempo bom que não volta mais .
Bons tempos mesmo, andei em uma de um candidato a namorar minha irmã, devia ter uns 12 anos, sentava onde se colocava os pés, e os meus pés colocava nos parafuso da roda da frente, o Guidom era o mankis adaptado, voava baixo nas quadras da 404 e 403 norte em Brasília, torcendo para não da de frente com as baratinha e joaninhas como era chamada os fusquinha da PM.