A culpa é do mecânico
Qual foi a moto que mais te deu dor de cabeça?
Com esse titulo, dias atrás colocamos um post em nossas redes sociais, queríamos ouvir nossos seguidores e entender qual a moto era problemática pra ele. A reação foi grande e instantânea, sinal que bons e maus momentos ficam registrados na memoria. E afinal de contas, quem não teve uma moto que deu dor de cabeça?
A resposta era lenta…
Uma das boas coisas que a internet nos trouxe, mais precisamente as redes sociais, é a grande e rápida interação entre autor e leitores (agora denominados seguidores). Me lembro claramente do tempo em que trabalhei como piloto de testes pra Revista Duas Rodas, e o tempo entre fazer o teste, sair na revista, a revista chegar a casa do leitor, o leitor enviar um e-mail pra revista comentando sobre a matéria e tal comentário ser publicado uma ou duas edições depois era de, no mínimo 4 a 5 meses. A gente já estava fazendo teste de outra moto, e aquele teste de 4 meses atrás voltava a ser assunto. Isso foi a apenas 20 anos, imagine você que já foi pior, pouco antes disso, o leitor deveria mandar uma carta pra caixa postal da editora… imagina só!!
…mas foi muito rápida
Hoje é tudo feito um raio. Subo na moto pra dar um passeio, paro, clico ela em um lugar legal, dali mesmo faço a postagem. Sigo mais uns quilômetros a frente, paro para abastecer e já tem um monte de comentários. E pra ficar melhor, consigo responde-los ali mesmo, enquanto o frentista enche o tanque da moto e eu mastigo um pão de queijo quentinho.
A moto problemática? ou o mecânico?
Legal né!? Eu acho! E, falando da postagem da “moto que deu dor de cabeça”, a resposta dos seguidores foi empolgante, centenas de relatos – falando da moto, do problema e as vezes da causa.
A ideia era ranquear essas motos e seus problemas… mas vamos combinar que a internet tá cheia disso “5 lugares imperdíveis em Buenos Aires”, “os 8 melhores pães de queijo das rodovias paulistas”, “os 10 segredos da manutenção das motos”… putz que saco isso!!!! Então a gente percebeu que, segundo os relatos de nossos seguidores, o grande problema eram gerados por manutenção inadequada, traduzindo pro bom e velho português: o mecânico!
Bora malhar o Judas!!!!
Antes de pensar que é sexta feira santa, procurar um poste e pendurar o judas mecânico pra ser malhado… pense que se a culpa é do mecânico, antes de ser dele, a culpa é toda sua… que escolheu o mecânico errado. ufa!!! salvei toda uma classe agora.
Olha só, enquanto o Alexandre (acima) não colocou peça original, nada feito, problema continuava. Peças paralelas não são um pecado total. Existem peças paralelas boas e que vão fazer o serviço por muito tempo, outras não. Há de existir bom senso na hora de escolher, e o mecânico pode ajudar nessa opção, afinal isso é o dia a dia dele e a experiência dele que contam.
O Mauricio Oliveira (acima) já foi bem na veia, a culpa era do mecânico. Acertou o mecânico, acertou a moto.
O Edubrene foi cirurgico e logo de cara determinou as causas. “manutenção negligenciada pelo dono anterior”…
Cassio_mandacaru_da_caatinga “desgambiarrou” tudo que pode… ali acho que foi mexanico que mexeu…
Mas e as motos?
E assim foram, em quase 3 centenas de comentários. Algumas motos apareceram bastante e nos chamaram a atenção, uma delas foi a XLX250R de carburação dupla. Aquela moto é uma injustiçada. A carburação dupla deixou a moto muito forte, andando bem mais que a XL250R e que a XLX250R que veio depois, com carburação simples. Mas na época (e agora) a turma não sabia regular aquela carburação. Quem tem uma atualmente e conta com um bom mecânico de época, tem largo sorriso no rosto. Quem tenta fuçar, ou tem mecânico ruim – chora no canto da sala.
As Agrales
As Agrales foram a grande surpresa, confesso que eu as “injusticei” (embora tenha uma que absolutamente não me da problema algum, só alegria e desempenho), mas, ciente de sua má fama, imaginava que seriam as campeãs de reclamação… mas, pelo menos em nossa amostragem, não foram. Algumas apareceram aqui e acolá, mas nada expressivo.
Então, caro leitor, pense 2 (ou melhor, vinte) vezes antes de escolher o mecanico e a peça que vai colocar em sua moto, a gente brinca dizendo que “não há nada mais caro do que uma moto antiga barata” ou então “é barato se incomodar”. Pensa bem…
Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.
Tenho uma xlx 350.
Já modificada ( motor sahara partida elétrica).
Não me dá problema nenhum
Tenho.uma xlx 350 r recém reformada sou segundo dono dela e estou com.rla desde 98… Só me deu gasto agora na hora de reformar depois de 3 anos parada…
Tenho 65 anos, com moto desde os 12 anos…
Nunca tive problemas com minhas motos! A última xl700 , 6 anos e só troquei óleo e pneu!
Se você quer ter um bem móvel…tem que ter caixa para tal!
Ter noção (leia o manual, seria o mínimo) de mecânica e bom senso!
O mecânico sempre ajuda mas você tem que fazer sua parte!