E o leão transformou-se em um gatinho…
Ontem fui trabalhar com a Agrale Dakar 30.0 – falar da delicia que é a tocada dela na cidade é covardia! A moto com seu porte avantajado, tanque de dimensões exageradas, alta, barulhenta – chama atenção por onde passa.
As acelerações são empolgantes, fazendo com que cada semáforo se transforme em uma diversão, saltando a frente dos carros e da maioria das motocicletas que por ali trafegam.
No entanto, acabei me estendendo um pouco mais no trabalho e quando sai já era noite, como a moto já havia entrado na reserva de combustível, resolvi passar no posto para abastece-la antes de ir pra casa. Acontece que o único posto que tem gasolina pódium na cidade, é acessível por rotas urbanas, mas a volta pra chegar até lá é enorme, e resolvi pegar um atalho pela rodovia Fernão Dias, afinal seriam apenas uns 5 km.
Nada de errado em colocar as motos na estrada, afinal de contas 95% do que pilotei até hoje foi em rodovias, mas ontem, especialmente a rodovia estava abarrotada, carretas e mais carretas, a noite estava escura e com cerração e pra piorar, descobri na pior hora que a lampada da lanterna traseira estava queimada – pois eu já estava em rota!
Mantive o pé traseiro levemente apoiado no pedal de freio, aproveitando da folga existente, sem que o freio fosse acionado, apenas para garantir que alguma lampada estivesse acesa na traseira da moto. Como a gasolina estava na reserva, e eu com um capacete aberto – urbano, mantive a velocidade na casa dos 80 a 90 km/h. O farol é fraco demais, mesmo mantendo o motor em rotações mais elevadas, o que era bom na década de 1980 já é insuficiente no momento atual, em uma batalha travada entre Xênons e faróis desregulados, a velha Agrale levava a pior!
Enfim, estava tudo errado!
Ai me dei conta que o “leão italiano” que habita o ambiente urbano com seu motor estridente e arrancadas típicas havia transformado-se em um “gatinho acuado” entre as carretas que insistiam em viajar a 120km/h ou mais (pouco importando se o limite legal para aqueles veículos fosse de 90 km/h naquele trecho).
Sorte que o trecho era de apenas 5 km. O gato ficou acuado por não mais do que 5 minutos, e uma vez abastecido, pode voltar a cidade pelo caminho urbano, voltando a divertir-se nos semáforos e nas ruas iluminadas onde a deficiência de seu farol não era mais notada!
Estrada com a Agrale? Sem duvida da pra pegar sim, e se divertir bastante! Mas num sábado de sol, uma estrada secundária com bastante curvas e pouco movimento…
Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.
Muito legal. Eu também adoro pegas a estrada com minha CB 87, sonhando com uma Kawa 900 Z1.
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