A “nossa” XL 250R e a “anabolizada” XL 500R

Compartilhe este conteúdo

Quando o assunto é Honda XL as dúvidas são grandes, pois aqui no Brasil tivemos acesso apenas aos modelos 125cc, 250cc e 350cc – desconhecendo uma infinidade de “Xizeles” que foram comercializadas lá fora (confira em “As XL que você nunca viu). Quando se fala de XL 500R então, a conversa fica mais complicada, pois são raríssimos os exemplares em nossas terras, e sempre cobertos com uma aura de mistério, ela é tão parecida com a “nossa” XL 250R que possivelmente você acessou essa postagem sem ter percebido que se trata de uma 500cc na fotografia, e não uma 250cc. São muito parecidas mesmo!

O Rol de duvidas é grande: – Existe Honda XL com aro 23? – A nossa XLX 350 é mais potente que a XL 500 da Europa? – As peças da XL 500 cabem na “nossa” XL 250?

Falar da Honda XL 250R sempre nos alegra, afinal essa simpática trail tem o poder de nos levar de volta no tempo. Talvez seja o tuc tuc tuc compassado do motor ou a largura do guidão que obrigava a pilotar de peito aberto, sem medo de nada enquanto o resto do mundo ficava para trás, refletido nos enormes retrovisores. Mas o Papo de Garagem de hoje é sobre a XL 500R.

Honda XL500R 1982
Honda XL 500 R 1982

Quem será o nosso parceiro, nesta deliciosa viagem ao mundo dos monocilíndricos vigorosos é o nosso colunista Victor Gellert. (acesse os demais textos que Victor publicou clicando aqui) Ele está a 9.800 km do nosso Q.G., na capital da Bavária, Munique. Brasileiro, Victor mora na Alemanha há mais de 30 anos e tem na sua garagem, além de outras motos, uma conservadíssima Honda XL 500R, ano 1982.

Ele foi bombardeado de perguntas, superamos a distância com o uso da tecnologia: Nós estávamos aqui na Garagem do Motos Clássicas 80 ao lado da XL 250R e ele lá no velho mundo com sua XL 500R, ficou bem legal, pois usamos a receita que fizemos com o amigo Marcos Mateucci na conversa sobre a Yamaha RD 350LC e a RD 500LC. Victor, que é engenheiro mecânico, foi minucioso e muito preciso nas respostas, enquanto as imagens maravilhosas que você verá “do lado de lá” foram produzidas por sua esposa, a talentosa fotógrafa Bettina Theisinger, que também ilustra essa matéria.

E não faltou assunto. As peças são intercambiáveis, o quadro é o mesmo, o sistema de freio, piscas e comando do painel são iguais?

E o desempenho, por exemplo, deve ser muito superior? Calma, mas não é bem assim. Com muita autoridade o Victor explicou com detalhe. Por exemplo, a legislação de trânsito na Alemanha interferia diretamente na potência da XL 500R. Victor também não esconde algumas curiosidades das XL que, na sua época, chegou a ganhar o apelido de “Xizóleo” por conta do vazamento de lubrificante pelo cabeçote.

Confira imagens da XL 500R na galeria abaixo

Coube ao Diego Rosa matar a nossa curiosidade e questionar uma série de dúvidas técnicas que você pode acompanhar no vídeo que esta em nosso canal, ou por aqui mesmo. No final da página você encontra o link para o vídeo.

Então, se você gosta de XL 250 prepare-se para conhecer tudo sobre a XL 500.

Para assistir ao vídeo direto de nosso canal no Youtube, basta clicar aqui.


Compartilhe este conteúdo

5 comentários sobre “A “nossa” XL 250R e a “anabolizada” XL 500R

  • As XLs são apaixonantes. Ainda no final de 1982, a Honda apresentou lá fora, a XL 600r, já com freio dianteiro à disco, visual igual ao da nossa 250cc, partida no pedal. Linda, 44 cavalos, tem vários vídeos dela no YouTube.

    Resposta
    • Oi Jorge. Um fato curioso; Com a XL600R chegou o motor RFVC, mas no visual mudou o tanque, com mais formato em vulcão, banco que sobe no tanque, farol e instrumentos quadrados, paralama mais largo e lazerais levemente modificadas. Somente no Brasil a XLX 250R recebeu o motor RFVC, mas continuou com o visual da antiga XL250R, mudando só a pintura, até o final da sua fabricação.

      Resposta
    • Fui criado na zona oeste de São Paulo, interessante que na época (início dos anos 80), na Vila Sônia, um conhecido montou em uma XL 250, a mecânica da 500, acho que pela facilidade por trabalhar em empresa aérea, mas nós então garotos facavamos apaixonados pela tecnologia.
      Tive uma meia dúzia de DT 180, mas confesso que mesmo apaixonado pelas Yamahas, tive vontade de ter uma 250, acabei tendo uma 350 e depois fiel as Yamahas votei tendo uma Ténéré 600.
      Mas as Xls 250 eram excelentes tirando o contragolpe do pedal de partida, rsrs, a revista duas rodas, publicou em uma ocasião um brasileiro que rodou dos EUA, até a entrada no Brasil com uma, também uma grande aventura pra época.

      Resposta
  • Excelente reportagem sobre uma das motos que sempre quisemos e nunca tivemos, graças à falta de bom senso dos japoneses. São inúmeros casos desse tipo, e mesmo décadas depois, ainda sem explicação… Essa moto conheço de perto, aqui em Atibaia havia uma semelhante, acho que era XR 500, naturalmente sem a famigerada 4ª via de importação, que rodava por aqui para nossa apreciação. Se não prestássemos atenção, passava batido como uma 250R, mas um olhar mais detalhado evidenciava as diferenças, o tamanho do cabeçote, e a ligação dele com o quadro, fixado diretamente, diferentemente da 250, em que existem triângulos para conectar ao quadro… Na minha opinião, 500cc monocilídrica é a cilindrada ideal para uso múltiplo, viagens por todo o tipo de estrada com economia e leveza, incluindo garupa, mantendo uma boa velocidade média de uns 120km/h com sobra… até hoje não temos o que nunca tivemos, nunca vimos a cor da Yamaha XT 500, demos sorte de termos as 600 e 660, atualmente extintas, mas que ainda rodarão por muitos anos para nossa felicidade… Danke schön Victor por nos mostrar e explicar as diferenças da máquina!

    Resposta
  • Olá bom dia excele reportagem muito bacana é sempre bom contar com a ação de boa reportagem.

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *