ANTIGA OU CLÁSSICA?
Apesar do nome do site, motos CLASSICAS 80, acabamos por abranger quase todas as motos nacionais daquela época. Também, nem são tantas não é mesmo? A indústria engatinhava naqueles “80’s” e a oferta de modelos era bem pequena…
Mas o que afinal difere uma moto “clássica” de uma moto “antiga”? Isso independe do estado de conservação, independe da moto ter ou não recebido placa preta, independe dela ter 30 ou 50 anos de idade.
Estive hoje folheando uma revista de 1991 e a logo na capa algo despertou minha atenção e daí surgiu essa conversa que estamos tendo hoje, caro leitor. A capa da revista Duas Rodas # 205, trazia um comparativo entre a Honda NX350 Sahara e a Yamaha RD350R. O bizarro comparativo teria passado desapercebido se não fosse a frase: “Preço e cilindrada iguais: qual a melhor? Honda Sahara ou Yamaha RD.”
Oras? Preços iguais?
Quase 24 anos depois, as duas motos, seguem chamando atenção do público e tornando-se cada vez mais raras, mas o preço? Se encontrarmos motos em estado de conservação iguais, Km semelhantes, etc, a RD vai valer hoje praticamente o dobro do que uma NX350!
(como referencia: a mais cara RD350R – uma 1992 – anunciada no site www.moto.com.br hoje estava por R$ 21.000,00 e a mais cara Sahara anunciada – uma 1995 – por R$ 9.000,00)
E isso traz uma reflexão legal e facilita a compreensão do que é efetivamente uma clássica.
A clássica é a moto que foi objeto de desejo de uma geração, foi um ícone em seu tempo, foi “a mais” em algum quesito (não necessariamente em todos): a mais cara, a mais rápida, a mais arisca, a mais forte, a mais bonita, a mais comentada, a mais aguardada…. Por fim, a mais desejada!
A RD era esse ícone, ela já tinha pedigree, pois naquele 1991 mais de 20 de história a RD já escrevia, desde os anos 70, transmitindo rebeldia, irreverência, potência, e inclusive medo – chamavam-na de viúva negra, sugerindo ter vitimado muitos pais de família…
Uma clássica de fato! Sem desmerecer a Sahara, mas cada qual ocupando seu espaço!
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Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.