GERAÇÃO COCA-COLA

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O diretor de prova, Jacky Ickx encerrava antecipadamente o GP devido a falta de segurança causada pelo temporal, atendendo a pedidos insistentes pelo rádio do piloto Alain Prost. Ayrton Senna chegou em segundo lugar, com sua Toleman, numa corrida histórica. Isso aconteceu em 03 de junho de 1984, em Mônaco – fiz questão de publicar isso hoje, 03/06/2014 – Pois essa prova histórica aconteceu há exatos 30 anos!

Como era nosso mundo naquele 1984?





Poucos dias antes, 38 pra ser exato,  a XL250R relatada em outra postagem deste site, a Vermelhinha, colocava pela primeira vez seus pneus no asfalto das cidades, mais ou menos na mesma época em que demais as motos, objetivo de nossas conversas aqui no site, chegavam às ruas.



O que mais acontecia no Brasil e no mundo naqueles dias ?  O que pensava aquela juventude ? O que compravam ? O que assistiam na televisão ? 

Relembrar o que acontecia naqueles dias, vai fazer não apenas com que nossas mentes fiquem repletas com aquelas lembranças, mas também facilitam o entendimento da realidade em que vivíamos naqueles anos e os motivos pelos quais aquelas motos, tema deste blog, faziam e seguem fazendo sentido até hoje. Nos faz entender porque por exemplo os repórteres daquela época elogiavam efusivamente o desempenho de motocicletas cuja velocidade máxima pouco passava dos 110 km/h.

Em 1985 era lançado o primeiro LP (aquele disco grande, preto, feito de vinil, que era “tocado” em um aparelho chamado vitrola) da banda Legião Urbana, e a juventude começa a cantar em uníssono “Geração Coca-Cola”. Titãs, Plebe Rude, Lobão, Blitz também faziam enorme sucesso.

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Os festivais de MPB promovidos pela Shell, revelavam nomes como Emílio Santiago, Guilherme Arantes, Oswaldo Montenegro, Leila Pinheiro, Jessé.

Na TV, víamos o Casal 20, não perdíamos um capitulo do seriado Chips com suas motos legais:

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Dallas e suas Mercedes Bens conversíveis ! Por falar em Mercedes Bens, aqui tínhamos nossos ídolos em suas reluzentes Mercedes também: quem não se lembra do Roque Santeiro rodando com sua Mercedes em Asa Branca ?


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Por falar em TV, caramba, dava pra contar os canais disponíveis nos dedos uma mão! Cultura, SBT, Globo, Manchete e Bandeirantes….  As outras não pegavam em minha casa, por mais que colocássemos bom-bril na antena da TV.


Tínhamos poucos canais, é verdade, mas íamos ao cinema:

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E esse então ? Qual a criança que não perdeu noites de sono depois de ver, escondido dos pais, o Poltergeist ?

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Quem era criança ou adolescente nos anos 80, como esse que lhes escreve, jogava Atari ou odissey, mas já tinha jogado no telejogo pouco tempo antes.

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Brincávamos com os portáteis Game & Watch e com o inesquecível Genius (baixei e tentei jogar no smartphone outro dia e não conseguiu segurar minha atenção por mais de 2 minutos…como pude gostar disso um dia ?).

Veja bem, éramos definitivamente jovens “eletrônicos”!

Pedíamos e conseguimos: o direito de votar!  (valeu a pena?!)

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E por fim, os carros. Collor afirmou que eram carroças, soou arrogante, mas depois de entendermos o que havia no mundo na mesma época, demos razão pro cara.

Nosso SUV era esse:

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Todo jovem sonhava com este carro (poucos conseguiam):

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Sedan de luxo ?

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Até que nós motociclistas não podemos reclamar, né ? A situação da indústria automobilística, com poucos modelos, modelos com longa vida, e defasagem enorme em relação ao resto do mundo, era tão ou mais precária que a nossa!

Ficaram as lembranças, boas ou nem tão boas, mas que fizeram parte de nossa história, e ajudam a compor o cenário do Brasil onde nossas motos habitavam…






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