Os melhores anos
Preferencias à parte, existem anos de um determinado modelo que valem muito mais do que outros, em igual estado.
Como padrão, os anos de lançamento são os mais valorizados, as que pertencem a “primeira geração” estão encostadas e o último ano de produção de um determinado modelo também é desejado, mas nem tanto. Porém, alguns anos/modelos em especial chamam atenção por outras razões.
Selecionamos alguns exemplos de algumas importadas pra ajudar a explicar isso.
Kawasaki ZX-7 1991/92 (ou ZX-7R)
Pouquíssimas unidades dessa criatura apareceram no Brasil no ano da reabertura das importações. A cara de quem fugiu de uma corrida de superbike com seus faróis como olhos esbugalhados, o amortecedor de direção pregado no quadro próximo ao tanque e as inconfundíveis entradas de ar tubulares atravessando o tanque de combustível – ah claro, já ia me esquecendo, seu desempenho arrebatador – fizeram dessa moto um mito, uma verdadeira clássica moderna. Infelizmente, em 1993, a característica mais marcante dela – suas entradas de ar: deixaram de ser tubulares através do tanque – ainda que muito colecionável e desejada, mas os melhores anos são efetivamente 1991 e 1992.
As Kawa série Ninja de 750cc despertam paixões. |
Suzuki Hayabusa
A Hayabusa nasceu pra quebrar recordes e o recorde que ela mirava era o de ser muito veloz, não necessariamente rápida (embora fosse muito rápida também). Como tal, as velocidades máximas atingidas eram (e são ainda hoje) altíssimas, ultrapassando a barreira dos 300km/h reais e destronando toda a concorrência! Lançada em 1999, teve dois anos de absoluto reinado, até que, conforme nos conta a historia, em um acordo de cavalheiros entre os maiores fabricantes de moto, concordaram em não continuar essa escalada pela velocidade final, limitando as motos a 300km/h. Bem, os modelos da Hayabusa 1999 e 2000 ostentavam velocímetros com indicadores até 350km/h (acredite, o ponteiro efetivamente chegava perto desse limite!! – no entanto, é claro, a velocidade real ficava na casa dos 300km/h ou pouco acima disso…). Depois de 2000, todas passaram a ter a escala do velocímetro terminando em 300km/h, um limitador eletrônico de velocidade final, e um pino (isso mesmo, um pino pra impedir que o ponteiro ultrapassasse) nos 300km/h do velocímetro. Desbloquear o limitador não era nada difícil, e ao fazer isso, via-se o ponteiro colar nos 300km/h (de velocímetro) em quinta marcha e, quando se colocava a sexta marcha via-se apenas o ponteiro do contagiros subindo… insano! Mas, enfim, as que mais valem, sem duvida são as 1999 (dourada melhor ainda).
O painel indicando até 350km/h é lendário! |
Honda Blackbird
Apesar da CBR1100XX Blackbird ter sido a rainha da velocidade (por pouco tempo, até que a Hayabusa tivesse sido lançada), ela sempre exibiu um conjunto incrível, suave e forte ao mesmo tempo. A evolução foi sutil, com algumas pequenas mudanças estéticas na segunda geração, painel diferente e a grande estrela foi a adoção da injeção eletrônica. Porém, as mais valorizadas sem duvida são da primeira geração – as carburadas! Ahhh por favor: A preta né?
Blackbird… por razões obvias, tem que ser preta (black) e as carburadas são as mais desejadas. |
Yamaha VMax
Bem, o mundo da V-max 1200 se divide entre as fortes e as mancas.
-Tá doido Diego? Chamar V-max de manca?
Mas então, a diferença de 45cv é brutal até mesmo em um carro, imagina só em uma motocicleta. Portanto, as versões chamadas de Canadenses ou Americanas de 145cv são as colecionáveis. As versões europeias, limitadas a 102cv por conta de não ter o Vboost instalado não fazem brilhar os olhos de quem coleciona. Olha, atenção ai hein… as VMax 1700 são poucas por aqui, com 200cv elas tem tudo pra se tornarem clássicas em um futuro próximo…
Com a V-max não tem como, ela é uma muscle bike – se não tiver os 145cv desanima os compradores. |
Yamaha R1
A R1 quebrou paradigmas, se a Hayabusa queria (e era) a mais veloz, a R1 tinha em seu DNA o desejo de ser a mais rápida, mas não parava por ai, era muito maneável, com entre-eixos curtíssimo e peso baixo! Veio no embalo da CBR 900RR mas a superou em todos os aspectos, com 150cv e 180kg mudou os parâmetros, sem falar no conceito Gênesis… E veja, até pra hoje, 180kg é considerado baixo peso pra uma 1.000cc. A primeira geração (1998 a 2001) – carburada – é sem duvida a de maior valor atualmente, com destaque pro modelo de lançamento – 1998.
R1 1998 quebrou todos os paradigmas e conquistou o respeito! |
A lista seria bem grande, afinal no incrível mundo das motos os detalhes podem fazer grande diferença. Isso não ocorre apenas com essas ferozes importadas que selecionamos aqui, nas motos nacionais o modelo/ano de fabricação tem muita importância para definir se a moto é mais (ou menos) colecionável. Mas esse é assunto para outra matéria.
Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.
Valeu relembrar dessas maravilhas, e até temos o nosso conhecido caso CBX 750, primeira e segunda geração mais valorizadas que triste Indy(porque desse nome? Vai saber).
Valeu relembrar dessas maravilhas, e até temos o nosso conhecido caso CBX 750, primeira e segunda geração mais valorizadas que triste Indy(porque desse nome? Vai saber).
Valeu relembrar dessas maravilhas, e até temos o nosso conhecido caso CBX 750, primeira e segunda geração mais valorizadas que triste Indy(porque desse nome? Vai saber).
Tenho uma dourada G1